Sorrisinho Colgate.
Todos os dias pela manhã, enquanto leio as notícias do "Yahoo!", aproveito para ler meus emails, para também conferir as notícias dos Blogs e para ver o que está acontecendo no Facebook. Isso se tornou uma rotina para mim, e uso cada uma dessas ferramentas com propósitos diferentes.
Hoje, uso muito menos o e-mail do que antigamente. Os e-mails que envio são por motivos profissionais, para fazer cadastros e para receber alguns textos.
O Twitter para mim é quase que uma overdose de informações. Usava para ler notícias da minha cidade, do país e internacionais, para saber do trânsito, para conferir dicas de blogs, e para conversar com alunos e amigos... Mas sou mui velho para administrá-lo. Tive que dar um tempo.
O Facebook para mim é um local de compartilhar um pouco da minha vida, mas muito mais para compartilhar conhecimento. Tudo que acho interessante, eu compartilho. Tudo que os meus amigos postam e eu acho legal, curto e, compartilho. Para mim, o Facebook funciona como um disseminador de boas ideias. No entanto, tenho percebido outras utilidades do Facebook.
Para muitos, o Facebook se tornou um local para estampar uma falsa felicidade. Nas suas páginas pessoais colocam diariamente fotos, posts e comentários bobos e sem sentido para estampar para o mundo o quão felizes são. Para mim, essas pessoas usam um FAKEbook. Sim, fake de falso mesmo.
Não tenho nada contra quem posta fotos de momentos bacanas da sua vida, uma receita legal que fez e queira compartilhar (eu mesmo fiz isso com o minha "QUASE Blooming Onion"). O que me incomoda é essa necessidade constante que algumas pessoas têm de compartilhar cada segundo de suas vidas felizes (sim, porque essas pessoas não compartilham nada de ruim, até porque nada de ruim acontece em suas vidas), com o mundo.
A minha pergunta é: Por quê?
Acho, que quem precisa mostrar o tempo todo que é feliz, na verdade não sabe ao certo se é feliz ou não, e precisa, que o mundo ache que essa pessoa é feliz para que então ela mesma acredite na sua felicidade. Ficou claro? A pessoa precisa que o mundo acredite na vida feliz e perfeita que ela vive quando na verdade nem ela sabe se é feliz ou não! Ou sabe, né?
Fico incomodado com as pessoas que vão a shows e passam o tempo todo gravando o show e não curtindo. Gravam para lembrar depois do momento que praticamente não viveram? Ou gravam para mostrar para os outros, algo de legal que fizeram?
Acho um saco quem viaja e passa o tempo todo tirando foto. Pra que? Pra poder postar no Face/Fakebook ou mostrar para os amigos e familiares. Amo fotos e tiro fotos quando viajo, mas o objetivo da viagem é a viagem e não tirar fotos da viagem.
Acho que se você não é uma pessoa de bem consigo mesma, pode sofrer muito com esse mundo fake que estamos vivendo. Se a tua vida não tá lá essas coisas, o casamento não tá muito legal, não tem dinheiro para viajar, ou comprar alguma coisa todo dia, evite olhar o Facebook de algumas pessoas. Embora a felicidade estampada ali, não seja uma garantia de felicidade verdadeira, até você se dar conta disso, você já pode estar na fossa.
Assisti ao filme Amor Por Contrato (The Joneses 2009) por indicação de uma aluna e recomendo. Vale a pena conferir uma família retratando a falsa felicidade e os efeitos naqueles que vivem ao redor. Nem sempre temos a noção de como ver diariamente a felicidade falsa dos outros, estampada no Facebook ou ao nosso redor, pode ter efeitos nocivos na nossa vida.
Chega desse "sorriso Colgate" no FAKEbook... Por favor!